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Hamartiologia (do grego transliterado hamartia = erro, pecado + logós = estudo), como sugere o próprio nome, é a ciência que estuda o pecado, ou — se preferível — o estudo sistematizado daquele tema (pecado). Referir, pois, hamartia como "pecado" no sentido espiritual judaico-cristão justifica-se por sua comprovada presença nos textos do Novo Testamento, da Bíblia Sagrada judaico-cristã, fato comprovável por várias traduções/versões de renome mundial, embora a concepção (logo, o conceito) de pecado, em si, variem com as culturas, posto que com as variadas concepções de espiritualidade e/ou religiosidade.

Abrangência e concepções de estudo[]

Conquanto usualmente concebido como ramo da teologia cristã, não é necessariamente a esta vinculado, pois esse conceito, em sua abrangência, complexidade e diversidade de entendimentos culturais enseja também, necessariamente, várias concepções em seu estudo.

É, assim, legítimo investigar a gênese e a dinâmica desse conceito e dos seus valores também sob outras ópticas, como a filosófica e a científica e, neste domínio, a médico-psicológica, todas elas necessariamente entrelaçadas pela idéia comum do pecado, como quer que isso signifique ou importe em particular para cada pessoa, per se e no seu núcleo vivencial.

Perspectiva judaico-cristã[]

Na perspectiva judaico-cristã — e em simples palavras — pecado é a atitude (ato ou omissão, íntimo ou não) de contrariar a lei (ou a vontade) de Deus. Significa, assim, um "erro de alvo", entendido este como a vontade de Deus.

Mesmo antes da desobediência de Adão e Eva, o pecado se fez presente no mundo angélico com a queda de Satanás e dos demônios. Mas com respeito à raça humana, o primeiro pecado foi o de Adão e Eva no jardim do Éden (Gn 3.1-19). O ato de comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal é, em muitos aspectos, típico do pecado em geral.

Primeiro, seu pecado atingiu a base do conhecimento, pois deu uma resposta diferente à pergunta "O que é verdadeiro?". Deus disse que Adão e Eva morreriam se comessem da árvore (Gn 2.17), mas a serpente afirmou: "É certo que não morrereis" (Gn 3.4). Eva decidiu duvidar da veracidade da palavra de Deus e então fez uma experiência par ver se Ele falava a verdade.

Segundo, seu pecado atingiu a base dos princípios morais, pois deu uma resposta diferente à pergunta "O que é certo?". Deus dissera que era moralmente certo que Adão e Eva não comessem o fruto daquela única árvore, (Gn 2.170. Mas a serpente sugeriu que seria certo comer do fruto e que ao comê-lo Adão e Eva se tornariam "como Deus" (Gn 3.5). Eva confiou na sua própria avaliação do que era certo e do que seria melhor par a ela, negando às palavras de Deus a prerrogativa de definir o certo e o errado. Ela viu "que a árvore era boa par se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento" e, portanto, "tomou-lhe do fruto e comeu" (Gn 3.6).

Terceiro, seu pecado deu uma resposta diferente à pergunta: "Quem sou eu?" A resposta correta era que Adão e Eva eram criaturas de Deus, dependentes dele e sempre subordinadas a ele, seu Criador e Senhor. Mas Eva, e depois Adão, sucumbiram à tentação de ser "como Deus" (Gn 3.5), tentando assim colocar-se no lugar de Deus.

Referências[]

  • GRUDEM. Wyne, Teologia Sistemática.
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