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Nota: Se procura versão cristã do cânone, consulte Velho Testamento


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Tanakh ou Tanach ( em hebraico תנ״ך ) é um acrônimo utilizado dentro do judaísmo para denominar seu conjunto principal de livros sagrados, sendo o mais próximo do que se pode chamar de uma Bíblia Judaica.

O conteúdo do Tanakh é equivalente ao Antigo Testamento, porém com outra divisão.

A palavra é formada pelas sílabas iniciais das três porções que a constituem, a saber:

  • A Torá ( תורה ),também chamado חומש (Chumash , isto é "Os cinco") refere-se aos cinco livros conhecidos como Pentateuco), o mais importante dos livros do judaísmo.
  • Neviim ( נביאים) "Profetas"
  • Kethuvim (כתובים) "os Escritos"

O Tanach é às vezes chamado de Mikrá ( מקרא ).

O Tanakh e o Velho Testamento[]

A divisão refletida pelo acrônimo Tanakh está atestada em documentos do período do Segundo Templo e na literatura rabínica. Durante aquele período, entretando, o acrônimo Tanakh não era usado, sendo que o termo apropriado era Mikra ("Leitura"). Este termo continua sendo usado em nossos dias, junto com Tanakh, em referência as escrituras hebraicas.

No hebraico moderno, o uso do termo Mikra dá um tom mais formal do que o termo Tanakh.

De acordo com a tradição judaica, o Tanakh consiste de vinte e quatro livros. A Torah possui cinco livros, o Nevi'im oito livros e o Ketuvim onze.

Esses vinte e quatro livros são os mesmos livros encontrados no Velho Testamento protestante, mas sua ordem é diferente. A enumeração também difere: os cristãos contam esses livros como trinta e nove, pois contam como vários alguns livros que os judeus contam como um só.

O termo Velho Testamento, apesar de comum, é muitas vezes considerado pejorativo pelos judeus, pois pode ser interpretado como inferior ou antiquado.

O termo Bíblia Hebraica é adotado por alguns estudiosos para indicar que existe uma equivalência entre o Tanakh e o Velho Testamento, tentando evitar algum sectarismo.

Os Velhos Testamentos católico e ortodoxo contêm seis livros que não estão incluídos no Tanakh. Eles são chamados "Deuterocanônicos", ou seja, foram canonizados em segundo ou mais tarde, mais precisamente durante a contra-reforma. Todavia, tais livros sempre fizeram parte da literatura hebraica, sendo estudados nas sinagogas, tendo um estimado valor dentro do judaísmo e para a história de Israel, como é o caso de I Macabeus e II Macabeus, os quais narram a heróica resistência ao helenismo na Palestina.

Nas bíblias das Igrejas Católica Romana e Ortodoxas, Daniel e o Livro de Esther podem incluir material deuterocanônico que não está na Tanakh ou no Velho Testamento protestante.

Línguas[]

Torah

Rolo de Torá

A maior parte dos livros do Tanakh estão escritos em hebraico. Partes de Daniel, Esdras, uma sentença em Jeremias e um topônimo no Gênesis estão em aramaico, mas com escrita hebraica.


Deuterocanônicos[]

O que aconteceu no Concílio de Trento foi apenas uma confirmação dos Livros aceitos como pertencentes às Sagradas Escrituras que não é outra coisa senão a repetição da mesma lista aprovada pelo Concílio de Hipona em 367 d.C. em seu canon nº. 36:

CÂNON 36 – “Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas são as seguintes:

  • Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos
  • (1), dois livros dos Paralipômenos
  • (2), Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão
  • (3), doze livros dos Profetas
  • (4), Isaías, Jeremias
  • (5), Daniel, Ezequiel, TOBIAS, JUDITE, Ester, dois livros de Esdras
  • (6) e dois [livros] dos MACABEUS. E do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos
  • (7), um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo (8), uma do mesmo aos Hebreus
  • (9), duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João
  • (10). Sobre a confirmação deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar
  • (11). É também permitida a leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus respectivos aniversários" (Concílio de Hipona, 08.Out.393).

NOTA: Pelo que consta da lista acima e conforme anotações abaixo, estão contidos neste cânon os sete livros DEUTEROCANÔNICOS alijados pelos rabinos e protestantes (destacados em MAIÚSCULAS).

1-Trata-se dos dois livros de Samuel (1Rs/2Rs) e os dois livros de Reis (3Rs/4Rs).
2-Isto é, os dois livros das Crônicas (1Cr/2Cr).
3-Ou seja: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, SABEDORIA e ECLESIÁSTICO.
4-A saber: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
5-Incluindo as "Lamentações" e "BARUC", segundo a Septuaginta.
6-Isto é, o livro de Esdras e o livro de Neemias.
7-Mateus, Marcos, Lucas e João.
8-Aos Romanos, duas aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, duas aos Tessalonicenses, duas a Timóteo, a Tito e a Filemon.
9-Curiosa distinção resultada, provavelmente, dos escrúpulos que a Igreja Africana tinha a respeito da autenticidade literária paulina dessa epístola.
10-Percebe-se, assim, que o cânon coincide perfeitamente com o cânon definido pelo Concílio de Trento.
11-Trata-se da Igreja de Roma.

Veja também[]


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